Ainda a propósito de "narizes"

A parvoíce do post anterior, fez-me recordar um filme delicioso do Woody Allen - “Herói do ano 2000 (Sleepers, 1978)” - em que, após sofrer um atentado mortal, um 'grande líder ditador' era mantido vivo, na perspectiva de vir reconstruir a totalidade do seu corpo, a partir do único orgão sobrevivente (não vital): o nariz.

Espero não estar a dar ideias bizarras aos fans do MJ.....

Notícia de última hora: nariz de Michael Jackson abandona a vida terrena e ascende aos céus



Após a morte do artista na passada 5ª feira e de uma luta intensa nos cuidados intensivos….nariz de Michael Jackson abandona a vida terrena e ascende aos céus.

S. João como gosto...algures longe da multidão e com os meus perto do coração

Tolerância no mundo animal



Apresento-vos o 1º casal homossexual de gatos domésticos (assumidíssimos).

Decidiram juntar recentemente os trapinhos e estão a pensar adoptar um 'porquinho-da-índia'.

Bichinho do betão

[Do tema 'Beirã', R. Veloso/Carlos Tê]
(...)
Sou um pobre cidadão
Perdi o fio de mim
Um bichinho do betão
Que nunca viu o alecrim

Carqueja do meu jardim
Cor do texto
Urze brava do meu jardim

Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira ?

Alguns 'guilty pleasures' desses gloriosos anos 80 (tomoI III) - GALÁCTICA

“There are those who believe that life here began out there, far across the universe, with tribes of humans who may have been the forefathers of the Egyptians, or the Toltecs, or the Mayans. Some believe that there may yet be brothers of man who even now fight to survive somewhere beyond the heavens (...)”

[…panpan– papanpan-panpan-panpanpan-panpan-pan…]


Com a voz off cavernosa, nasalada e fleumática do actor Patrick McNee (da série “Os Vingadores, para quem via o ‘Agora Escolha’) e, sob uma banda sonora épica e pungente, começava assim uma das séries de ficção científica de culto da minha infância: a Galáctica .

A minha devoção por esta série ia ao ponto de chamar os meus bonecos, os meus amigos, os meus cães, os gatos e os hamsters de ‘Apollo’, ‘Starbuck’ ou ‘Boomer’ .
Julgo que graças à Galáctica, sou um tipo relativamente ordeiro e pontual, já que era o castigo mais demolidor que a minha mãe me podia impor.

Fãs de séries como a "STAR WARS"..."STAR TRECK (ou das ’orelhas do mais famoso esquentador Vulcano, o Mr Spock)...."BUCK ROGERS"....“ESPAÇO 1999”…epá, p.f. não se metam connosco !...vocês não jogavam no mesmo campeonato que a Galáctica.
Aquela indumentária, aquelas pistolas lasers, as naves (os vipers),os efeitos sonoros, as batalhas e as explosões no vácuo, a própria nave-mãe (epá, não se via um anzol…tão perfeitos eram os efeitos especiais)

Quando há cerca de 4 anos tive o privilégio de poder comprar o DVD com os 24 episódios, foi impressionante a expectativa e o grau de detalhe com que alguns momentos ainda estava tão presentes na minha memória. A minha cara-metade não partilha naturalmente desta devoção…nem sequer se lembra, que é mais grave (é mais da onda do “sítio do pica-pau amarelo” e tal…)e foi com alguma capacidade de encaixe que fui obrigado a tolerar-lhe os inúmeros comentários jocosos (alguns com um ligeiro travo a ironia) . Francamente, parecia que estava a ver uma série de comédia.

A história resume-se em três tempos : Num sistema solar distante, a Humanidade vivia organizada em 12 colónias (a Terra era presumivelmente a 13ª) em permanente guerra com uma raça de robots (os Cylons, cujo material genético ainda chegou a ser aproveitado para o “Kit” do Justiceiro…lembram-se da luzinha irritante a piscar de um lado para o outro ?).
Com a ajuda do futuro arqui-inimigo (na altura um reputado mas sinistro conde) Baltar, as 12 colónias são desafiadas pelo inimigo a assinar um armistício, numa atitude inédita de aproximação . A coisa corre mal e a verdade não passa de um ardiloso plano para desviar as naves-de-guerra (as “battlestars”, entre as quais a “Galáctica”) dos planetas e colónias que deveriam proteger. A raça humana percebe o esquema tardiamente e os planetas são alvo de um gigantesco massacre , do qual muito pouco sobreviveram.
Apanhadas de suprpresa, todas as “battlestars” são destruídas, à excepção da Galáctica, que assume então a pesada responsabilidade de proteger uma frota de 220 naves moribundas que recolheram os colonos sobreviventes, lançando-se no espaço desconhecido para fugir da perseguição dos Cylons, mas também em busca do planeta que, segundo as lendas ancestrais, terá acolhido a 13ª tribo – o planeta Terra.


Esta primeira série (conhecida como clássica) foi abruptamente interrompida ao termo de 24 episódios, tendo sido retomada em 1980 com uma sequela (ou spin off), “Galactica 1980” - agora passada às portas do planeta Terra - já sem os protagonistas originais (Apollo e Starbuck), mas mantendo personagens-chave como Adama (o comandante) e o PALOP de serviço, Boomer (ocupando o lugar de coronel).
O puto, filho adoptivo do Apollo (que tinha um irritante macaco biónico), nesta sequela assume o papel de protagonista – já não como Boxey, mas como capitão Troy.

O impacte no público não foi o desejado e, julgo que a série não chegou ao final de 6 episódios.



Eu continei a adorar !...
Não me entusiasmei com a recente recriação
da série em 2003.

Virgínio Moutinho

Este senhor de que vos falo - Virgínio Moutinho - é arquitecto da "Escola do Porto" (não percebo nada de arquitectura, mas julgo que este epíteto tem algum impacte no meio...), mas é também um genial construtor de brinquedos para gente graúda, que vos dou a conhecer.

E pensar que estas obras primas, foram idealizadas pelo mesmo homem que um dia achou melhor dignificar os contentores lixo enterrados, com prumos de alumínio...porque sim...e porque a dinâmica do projecto Porto 2001 permitia estes devaneios artísticos.


Comovente Simão Bolívar

Em visita à feirinha de Artesanato Urbano que a Câmara Municipal do Porto (http://artesanatourbanonoparque.blogspot.com/) promove regularmente, nos jardins do Palácio de Cristal e Parque da Cidade, deparei-me com o artesão "Simão Bolívar".

As suas miniaturas e brinquedos, construídas com recurso à reutilização de materiais, são de uma sensibilidade comovente, que merecem a minha singela homenagem.
Deixo-vos algumas fotos, que podem facilmente encontrar no seu blog (http://simaofeitoamao.blogspot.com/)


Deus ?!


...Falso alarme !...
Afinal era apenas um final de tarde enevoado...

Já passaram 25 anos !...

Passaram ontem 25 anos da morte do António Variações, que considero um compositor brilhante e que contribuiu com a sua postura, mais do que com a sua obra musical, para rasgar novos caminhos na arte e aumentar a tolerância para com os criadores em geral.
Ao ouvir as suas maquetes em bruto e, ao arrepio de qualquer formação ou rótulo musical, percebe-se que estamos na presença de um génio no seu estado mais puro.
Tenho como memórias marcantes, a sua derradeira passagem pelo programa “Passeio dos Alegres”, vestido de pijama e num estado de debilidade física já evidente, bem como a impressionante abrangência de público que a sua obra percorria. Recordo-me, por exemplo, que a sua música não era indiferentes aos meus avós, recolhendo uma simpatia e tolerância (em vida) que nunca observei com outros artistas.
Deixo-vos um tema do último album "Dar & receber" (com arranjos dos Herois do Mar): "Perdi a memória"